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terça-feira, 7 de junho de 2011

Igrejas Evangélicas irão participar da Parada Gay

Parada Gay terá grupos religiosos

FELIPE TAU
A 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, já está causando polêmica. Pela primeira vez, o evento contará com representantes de um grupo religioso desfilando na Avenida Paulista, no dia 26, e também faz referência ao catolicismo no desfile. O tema da parada este ano usa um dos mandamentos da Igreja: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! – 10 anos da Lei 10.948/01”.
Reverendos e seguidores da Igreja Anglicana do Brasil, além de fiéis de outras religiões, irão participar da passeata. O grupo deverá ter um trio elétrico próprio. “Duzentas pessoas, entre protestantes, anglicanos, metodistas e luteranos, devem estar no carro”, disse Ideraldo Beltrame, presidente da Parada e seguidor da Igreja Anglicana. Budistas e hinduístas também foram convidados para participar.
“O trio deve se chamar ‘O amor lança fora todo o medo’, que é o que a gente prega”, afirma Ester Lisboa, fiel da Igreja Anglicana que ajuda a organizar o desfile.
A mensagem estará estampada em camisetas usadas pela comitiva, que trarão no verso a frase “religiosos e religiosas contra a homofobia”.
A relação do preconceito com a religião é o tema deste ano. Uma carta lida nesta segunda-feira na coletiva de abertura da 15.ª edição do Orgulho LGBT explicou a citação: “Respeitosamente, nos apropriamos dela para pedir fim à guerra travada entre religião e direitos humanos”, dizia o manifesto.
“O País está sendo vítima de um sistema fundado numa moral religiosa, mas este é um recado direto para toda a sociedade brasileira”, completou Beltrame, que é sociólogo. A carta menciona que 260 gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais foram mortos em 2010 em todo o Brasil, vítimas dos chamados crimes de ódio, segundo dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia no País.
A Paulista, endereço da Parada Gay desde 1997, tornou-se uma vitrine da homofobia por conta de agressões a homossexuais registradas ali. Em dezembro do ano passado, um grupo formado por quatro adolescentes e um jovem de 19 anos agrediu com chutes, pauladas e lâmpadas fluorescentes três rapazes que passavam.
Para garantir a segurança das 3,1 milhões de pessoas esperadas para a festa (número de 2010), o efetivo da Polícia Militar passará dos 800 policiais destacados no ano passado para 1.500. O esquema de segurança contará também com 400 seguranças particulares. “A preocupação não é com a Parada em si, já estamos aparelhados para ela, mas com a pós-Parada”, disse o coronel da PM Renato Cerqueira Campos, comandante do policiamento da região central de São Paulo. O coronel alertou também que ameaças devem ser informadas aos policiais e que os participantes evitem andar sozinhos e por ruas ermas. Os policiais distribuirão aos frequentadores cartilhas com dicas de segurança.

EXTRAÍDO DE FENASP http://fenasp.com/site/

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